Depois de procurar refletir em torno dos conceitos de
“in(ex)clusão” digital, torna-se agora pertinente
orientar os conteúdos deste blogue para o seu foco principal: as pessoas
(alunos) com necessidades (educativas) especiais e a forma como as TIC podem
potenciar essa “in(ex)clusão”.
A este propósito o artigo de “O uso das TIC para a inclusão dos alunos com necessidades educativas
especiais e suas famílias”, que aponta dados interessantes, entre eles
destaco:
“Com certeza que a
tecnologia, por si só, não é garantia de inclusão. Ao conceito de inclusão está
associada a visão do indivíduo como parte integrante de uma sociedade, também
ela responsabilizada pela diminuição do impacto da deficiência na participação
e funcionalidade do mesmo.” (p.58).
“O aluno com
deficiência além de ter o mesmo direito que qualquer outra criança a ter acesso
à era digital, encontra nas novas tecnologias a possibilidade de interagir,
partilhar, conhecer e realizar atividades, que de uma forma tradicional lhe
seriam impedidas ou limitadas pela sua deficiência.” (p.64).
“(…)é realçado que a tecnologia pode ajudar o
aluno com deficiência a ultrapassar muitas das suas dificuldades de
comunicação, acedendo a um currículo mais vasto e participando nas atividades
de sala de aula. A existência de soluções de TIC adequadas pode ser a única oportunidade
que estes alunos têm de participar na sociedade e desenvolver todo o seu
potencial (…).” (p. 59)
Assim, existirão “(…) benefícios
gerais como a maior autonomia, a possibilidade de o aluno demonstrar o seu potencial
e aquisições, e a oportunidade de serem criadas tarefas adequadas às
capacidades e competências individuais. A comunicação do aluno não fica condicionada
pelas suas capacidades e pode ser muito facilitada com recurso à tecnologia
(soluções de hardware específicas, bem como software próprio e para todos em
que se recorre às opções de acessibilidade existentes)”. (p. 59)
Estas são apenas algumas das ideias que considerei mais
importantes no artigo em análise, sendo que aconselho a sua leitura na
totalidade (disponível em http://revistas.ua.pt/index.php/ID/article/view/1030/962).
De facto, há que consciencializar todos os agentes
educativos de que a responsabilidade pela inclusão (digital) dos alunos com
necessidades educativas especiais (NEE) é de todos. E se todos devem contribuir
há que pensar na necessidade de adaptar contextos, materiais e formas de
transmissão de conhecimento ajustadas a todos.
É mesmo importante perceber que com pequenas ações se poderão
fazer grandes mudanças…