quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tecnologias Assistivas...

O desenvolvimento deste tipo de tecnologias tem por base o objetivo de promover a participação e funcionalidade de pessoas com algum tipo de limitação ou deficiência. Para tal no âmbito desta área do conhecimento foram desenvolvidos produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços diversificados.

Por recurso entende-se qualquer equipamento, ou parte dele, ou produto que pretende potenciar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência (aumentá-las, mantê-las ou melhorá-las).

Já os serviços serão todos os apoios que se destinam a orientar as pessoas com deficiência a selecionar e/ou usar os recursos existentes de acordo com a sua limitação.

As tecnologias assistivas poderão organizar-se em diferentes categorias:
- auxílios para o dia-a-dia e para execução de tarefas diárias (ex. comer, vestir-se, etc.);
- comunicação alternativa e aumentativa: recursos que permitem a comunicação ou vocalizadores);
- recursos de acessibilidade ao computador: equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.);
- sistemas de controlo do ambiente (ex. controlo remoto de equipamentos);
- projetos arquitetónicos para acessibilidade (ex. adaptações estruturais como rampas de acesso);
- próteses (ex. talas e extensões de membros); adequação postural (ex. cadeiras anatómicas) e auxílios à mobilidade (ex. cadeiras de roda, andadores, etc.); adaptações em veículos;
- auxílios para cegos ou com baixa visão (ex. lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, etc.);
- auxílios para surdos ou baixa audição (ex. telefones com teclado, sistemas de alerta tátil-visual, etc.).

O vídeo seguinte exemplifica de forma muito simples muitos dos recursos acima identificados.



É incrível como pequenas adaptações em alguns objetos podem facilitar de forma decisiva a atividade e participação das pessoas que apresentam algum tipo de limitação.

A ajuda da tecnologia nas NEE…

No post anterior introduzi a questão da importância de TIC para a inclusão digital das crianças com NEE.

De facto, e para muitos, só através do recurso às mais recentes tecnologias se pode potenciar a sua integração.

Qualquer pessoa na posse das suas faculdades completas já imaginou como será não ser capaz de, por exemplo, comunicar, falar, ouvir ou escrever?


É para tornar estas tarefas, simples e automáticas para uns e praticamente impossíveis para outros, que foram desenvolvidas várias tecnologias.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Inclusão digital de alunos com NEE

Depois de procurar refletir em torno dos conceitos de “in(ex)clusão” digital,  torna-se agora pertinente orientar os conteúdos deste blogue para o seu foco principal: as pessoas (alunos) com necessidades (educativas) especiais e a forma como as TIC podem potenciar essa “in(ex)clusão”.
A este propósito o artigo de “O uso das TIC para a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais e suas famílias”, que aponta dados interessantes, entre eles destaco: 

Com certeza que a tecnologia, por si só, não é garantia de inclusão. Ao conceito de inclusão está associada a visão do indivíduo como parte integrante de uma sociedade, também ela responsabilizada pela diminuição do impacto da deficiência na participação e funcionalidade do mesmo.” (p.58).

O aluno com deficiência além de ter o mesmo direito que qualquer outra criança a ter acesso à era digital, encontra nas novas tecnologias a possibilidade de interagir, partilhar, conhecer e realizar atividades, que de uma forma tradicional lhe seriam impedidas ou limitadas pela sua deficiência.” (p.64).

“(…)é realçado que a tecnologia pode ajudar o aluno com deficiência a ultrapassar muitas das suas dificuldades de comunicação, acedendo a um currículo mais vasto e participando nas atividades de sala de aula. A existência de soluções de TIC adequadas pode ser a única oportunidade que estes alunos têm de participar na sociedade e desenvolver todo o seu potencial (…).” (p. 59)

Assim, existirão “(…) benefícios gerais como a maior autonomia, a possibilidade de o aluno demonstrar o seu potencial e aquisições, e a oportunidade de serem criadas tarefas adequadas às capacidades e competências individuais. A comunicação do aluno não fica condicionada pelas suas capacidades e pode ser muito facilitada com recurso à tecnologia (soluções de hardware específicas, bem como software próprio e para todos em que se recorre às opções de acessibilidade existentes)”. (p. 59)

Estas são apenas algumas das ideias que considerei mais importantes no artigo em análise, sendo que aconselho a sua leitura na totalidade (disponível em http://revistas.ua.pt/index.php/ID/article/view/1030/962).

De facto, há que consciencializar todos os agentes educativos de que a responsabilidade pela inclusão (digital) dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) é de todos. E se todos devem contribuir há que pensar na necessidade de adaptar contextos, materiais e formas de transmissão de conhecimento ajustadas a todos.


É mesmo importante perceber que com pequenas ações se poderão fazer grandes mudanças…

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Para refletir...

Pesquisando acerca de inclusão/exclusão digital deparei-me um dado que dá que pensar...

"Mais de metade da população portuguesa não tem as competências básicas para a utilização de um computador (53% da população nunca usou um computador), sendo um dos países com maior nível de iliteracia a nível europeu." (http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p211p215p340p364&l=1)


...e se analisarmos a imagem seguinte, não nos resta outra alternativa senão refletir...


De facto, as novas tecnologias trazem-nos vantagens e oportunidades inimagináveis. 

Mas, e aqueles que, mesmo que gostassem, não têm qualquer hipótese de beneficiar dessas vantagens?

Estaremos a caminhar para uma sociedade de pessoas digitalmente incluídas ou irremediavelmente postas de parte?


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Procurando clarificar conceitos...

Antes de qualquer tentativa de análise e/ou reflexão em torno da inclusão ou exclusão digitais importará procurar saber do que se está a falar.



Na dificuldade de encontrar uma única definição em torno destes conceitos nada melhor que procurar num Dicionário de Língua Portuguesa (in http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/infoexclus%C3%A3o;jsessionid=NzZKfQLw59btSbhNW7evXA)




Aí podemos encontrar o conceito de "infoexclusão"

1.
impossibilidade de aceder aos novos meios de informação
2.
desconhecimento das novas tecnologias da informação

Se tomarmos esta definição, penso ser fácil perceber que a inclusão digital (ou possivelmente "infoinclusão") será precisamente o conhecimento relativo às novas tecnologias de informação e a possibilidade de acesso às mesmas.


Para melhor elucidar!!!




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Ser especial como todos...


O porquê deste portefólio?


Num mundo perfeito a discussão em torno da necessidade de considerarmos que todos devem ter os mesmos direitos e oportunidades, respeitando-se a individualidade e diferenças de cada um,não seria sequer um assunto discutível.


Contudo, o nosso mundo é imperfeito e cada um de nós vive com as suas diferenças e com a imperfeições de todos. Por isso, resta-nos parar para pensar, reconhecer as nossas particularidades e as dos outros, aceitando-as e procurando incluir todos na sociedade (seja ela digital ou não).


Esta inclusão torna-se ainda mais premente quando se trata de crianças em fase de desenvolvimento e aprendizagem. Mas sem esquecer todos os restantes (adultos incompletos e cuja aprendizagem não termina com a saída do contexto educativo formal) que necessitam de aprender tanto ou mais ainda do que as crianças.


Portanto, reconhecer-se-á que, na educação, seja ela especial ou não, todos somos diferentes, merecemos atenção e a adoção de todos os esforços que possibilitem a inclusão (também ela digital) na sociedade.



Por isso, este Portefólio digital em forma de blog pretende ser um espaço de partilha e de reflexões acerca da importância das TIC no trabalho com pessoas com necessidades (educativas) especiais, apostando na sua "infoinclusão".

Tudo este trabalho de análise e reflexão será levado a cabo no âmbito da Unidade Curricular de Tecnologias de Informação e Comunicação do Mestrado em Educação Especial (Dificuldades de Aprendizagem Específicas) da Universidade do Minho, na sua edição 2013/2014.

Carina Marques